Em 1965, a polícia de Nova Iorque resolveu instalar câmeras em áreas públicas. A sede do município de Nova Iorque foi das primeiras zonas a receber este sistema de vigilância.
As primeiras câmeras de vigilância funcionavam em CCTV (circuito fechado de televisão) e por isso, precisavam de ser constantemente monitoradas.
Em 1970, passou a ser possível efetuar a gravação das imagens registadas em cassetes de vídeo, o que aumentou consideravelmente a popularidade das câmeras de vigilância. Para além de já não ser necessária a presença constante de uma pessoa, para monitorizar as imagens em tempo real, a possibilidade de armazenamento de imagens veio permitir que as gravações pudessem ser utilizadas como provas. Adicionalmente, o baixo custo das cassete de vídeos, tornou todo o processo acessível, do ponto de vista económico.
Rapidamente, a utilização de câmeras de vigilância massificou-se, em países como os Estados Unidos e Inglaterra. Estes sistemas de segurança passaram a ser utilizados em bancos, grandes lojas e bombas de gasolina.
Durante a década de 80, as câmeras de segurança passaram a ser utilizadas em outras áreas, como na vigilância policial, no controle de tráfego rodoviário e até no recolhimento de provas incriminatórias, em processos de divórcio.
Também durante os anos 80, surgiram as câmeras CCD (Dispositivo de Carga Acoplada). Estas câmeras funcionam através de um micro-chip e permitiam captar imagens em condições de baixa luminosidade e até durante a noite. Esta inovação tecnológica veio permitir que as câmeras pudessem ser utilizadas de forma mais abrangente e efetiva.
Já na década de 90, foram introduzidas diversas novidades, incluindo a possibilidade de um só sistema gravar imagem de várias câmeras simultâneamente. Surgiram ainda outras funcionalidades, que continuam a ter grande destaque na atualidade, como a sensibilidade ao movimento, etc.
Ainda na década de 90 foram instaladas as primeiras câmeras de vigilância nos caixas 24 horas, com o objetivo de garantir a segurança das transações realizadas pelos clientes.
A crescente popularidade dos computadores contribuiu também para alterar todo o dinamismo dos sistemas de vigilância. As gravações passaram a ser armazenadas em discos rígidos, o que simplificou todo o processo de armazenamento e o próprio acesso posterior às imagens.
Na era da vigilância digital, foram introduzidas diversas novas funcionalidades, como o zoom digital e a capacidade de tornar as imagens mais nítidas.
A utilização das câmeras de vigilância em situações domésticas tornou-se comum, não só para efeitos de segurança, mas também para permitir que os pais vigiem de forma atenta as suas crianças.
De uma forma geral, a população está hoje mais consciente para a necessidade de garantir a sua própria segurança. O aumento da criminalidade e de ameaças terroristas fizeram disparar a instalação de câmeras de vigilância no mercado doméstico.
Esta grande procura não é alheia ao surgimento das câmeras de segurança IP, que permitem monitorizar imagens à distância, utilizando apenas um navegador de internet comum. Esta nova tecnologia continua a evoluir e hoje já permite, por exemplo, definir um alerta por email, sempre que uma câmera detecta movimento.
De uma forma geral, a evolução das câmeras de vigilância tem andado de braço dado com o surgimento de novas tecnologias, mas também com a maior necessidade de responder a situações de maior exigência. Acontecimentos como o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, funcionaram como elementos impulsionadores, já que motivaram uma maior necessidade de segurança, obrigando assim ao desenvolvimento de câmeras de vigilância mais avançadas.
Fonte: https://reprizzo.com.br/2019/10/11/a-historia-das-camaras-de-vigilancia/